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segunda-feira, 19 de julho de 2010

PICO DO PAPAGAIO AIURUOCA




PICO DO PAPAGAIO

AIURUOCA MINAS



                                                    

Eu voltando a Carvalhos novamente, desta vez fui só, pois queria ir conhecer Aiuruoca e o Pico do Papagaio,

Minha intenção era dormir em Carvalhos e partir cedo para Aiuruoca, deixar a bike em algum lugar perto do pico e subir a pé.




De volta redonda a Carvalhos 122 km

1: dia=

Sai cedo de Volta Redonda, e apesar do frio não desanimei , chegando há Floriano o tempo estava com muita serração e bastante frio, ficou assim até a subida da serra de Carlos Euler, o céu limpou e o sol apareceu. Mas o frio continuou até Liberdade,
tomei um café e segui pela estrada de chão em direção a Carvalhos que, diga-se de passagem, tem muitas subidas, se você for até lá e encontrar uma bifurcação com uma subida e uma descida, pode apostar que o caminho certo é pela da subida(risos), cheguei cedo, 1h e pouca da tarde, me alimentei bem e dormi cedo pois o outro dia prometia ser puxado.

2: dia= Acordei bem cedinho e esperei clarear o dia para sair, genteeeeeee que frio e eu com camadas de blusa, bermuda e luva sem dedo, que loucura, tinha caído geada de noite, mas o sol ia sair (acreditava eu) .Estradinha de terra com visual lindo e subida a rodo, parece que Minas só tem morro uai.

O frio era demais, meus dedos doíam, e a ponta do meu nariz estava roxa, cruzes, senti muito frio, passei direto por Aiuruoca rumo ao vale do Matutu e Povoado da Pedra.

10 km depois de muitas subidas, fim do pedal. Larguei a bike na casa de um morador que se mostrou muito prestativo, antes tinha pedido algumas informações e me falaram que não era para ir lá ao Pico sozinha, pois corria o risco de me perder e que eu podia encontrar onças pelo caminho e outros bichos imagine só, com muitas informações, lanches, água, canivete e muita animação comecei a subida, realmente a trilha era + ou – marcada, tem que prestar bastante atenção e tomar seus devidos cuidados para a volta, só é possível encontrar água uma vez no meio da mata perto de uma caverna de pedra, onde numa emergência dá para dormir.
 O caminho vai rodeando a pedra pelo lado esquerdo até subir, como se fosse o rabo de um cavalo. Tem muitos lugares de mata com árvores de grande porte, os únicos bichos que vi foram uns pássaros marrons que mais pareciam com frangos, muitos por sinal, será que era saracura? Não sei, preste muita atenção, se tiver dúvidas não vá sem guia, tem que ter um pouco de experiência em matas, tem muitas trilhas que não levam a nada.

Cheguei ao topo e o céu estava 100% azul, dava para ver tudo, levei nossa bandeira lá e tirei muitas fotos.

Na descida foi bem rápido, desci quase correndo, estava louca para sair da mata, pegar minha bike e voltar a Carvalhos.

O povo não coloca muita fé em mulher sozinha nas trilhas, acham sempre que vai se perder e ainda dar trabalho, é assim ó, você pede informação diz o que quer e eles falam assim: - iiiii não dá para fazer isso não; e no mesmo dia é ruim de dar tempo e outras coisinhas mais,

Eles também não têm muita noção de direção, não pergunte se é para direita ou esquerda (deixa quieto). Ficou bem cansativa a aventura,

Já eram 4 da tarde quando peguei a bike para voltar a carvalhos, pra variar eu estava sem farol e faltavam ainda 10 km para carvalhos quando começou a escurecer eu ainda nem tinha almoçado e a fome e o frio cobrou tributos, a última subida foi só na raça, não acabava nunca. Estava difícil se equilibrar na bike mais cheguei, tomei um bom banho e uma sopa quente de mandioca e desmaiei na cama, nossa que dia longo.
TOPO DO PICO
CACHOEIRA DOS FRANCESES
No dia seguinte fiquei só de boa descansando no sitio, minhas pernas tinham vários arranhões conseguidos na mata, mais valeu tudo, no sábado fui conhecer o distrito dos Franceses, é um vilarejo muito bonito e vale a pena conhecer, fica num vale muito verde com cachoeiras grandes e vários poços para banho, muito lindo. Bom para passar o dia, desde que esteja com sol claro, pois a água é fria (gelada) fica a aproximadamente 15 km da cidade de Carvalhos estrada de chão batido boa, ainda tem a cachoeira da Estiva ali perto e o pico do muquém a 10 km da cidade, e uma boa caminhada média até lá,

CACHOEIRA DOS FRANCESES
Muito Bom passeio. mas estava na hora de voltar para casa (Volta Redonda lembra), foi quando tive uma grande ideia, a de voltar por Bocaina de Minas, ideia de girico (diriam uns) , pois tinha passado por ali a alguns anos e tinha me esquecido de duas coisas referentes ao caminho o visual lindo e a serra da famigerada parricida como diria um amigo meu que a conhece bem
CHEGADA NO TREVO DE DOCAINA DE MINAS

 ida para bocaina sobe 3 km ,depois desce 4 km, para quem gosta de morro[ prato cheio] vem logo depois da cachoeira da estiva que fica no caminho ,Bom, enfim cheguei a Bocaina de Minas e peguei a trilha do bananal que chega a Carlos Euler, dali foi um pulo até em casa, para quem gosta de ciclo viagens, se tiver uns dias este pedal é muito bom e eu aconselho, apesar de gostar de viajar sozinha não deixe de ir com amigos, principalmente se vc não conhece bem o caminho.apesar de não ser um bicho de sete cabeças viajar sozinho, só é aconselhável para ciclistas experientes, abraços até a próxima aventura.

Um comentário:

Lúcia disse...

Ivete, mulher de fibra. O sexo feminino está muito bem representado.
Admiro muito sua coragem e determinação.
Parabéns por mais este passeio maravilhoso.
Bjão
Lúcia